Após dizer que apresentaria CPI para averiguar a situação da Saúde em Mauá, o vereador Samuel Enfermeiro (PSB) recuou e formulou apenas projeto para formação de uma CEA (Comissão Especial de Acompanhamento) para realizar auditoria na área.
O recuo do socialista foi questionado por parlamentares, já que em uma CPI os vereadores têm poder maior de investigação. Na CEA, a atuação fica limitada a convites, que podem ser negados.
Apesar de ter obtido número suficiente de colegas para abrir a CEA – oito votos – a análise da matéria foi adiada por cinco sessões, já que Samuel levantou algumas dúvidas sobre a implementação do próprio projeto. Coube ao vereador Betinho Dragões (PR) pedir vistas.
Segundo Marcelo Oliveira (PT), Samuel ainda teria dito que “combinou” a mudança com o prefeito Atila Jacomussi (PSB). “O Samuel disse isso quando fez uso da palavra. Eu achei muito estranho”, alegou parlamentar.
Manoel Lopes (DEM) também desaprovou a atitude de Samuel. Segundo o democrata, o colega ainda quis retirar a matéria da pauta, mas a ação desobedecia ao regimento interno da Casa. “Na semana passada, ele chamou os vereadores de Mauá de omissos. Agora ele volta atrás e deixa de abrir uma CPI? Não é coerente”, disse o vereador.
Samuel protestou, na sessão da semana passada, e abriu mão do seu salário, de seu carro e do telefone oficial em protesto à situação da Saúde e financeira da cidade. Ao Diário, o parlamentar alegou que a cidade estava nesta situação porque os vereadores estavam sendo omissos. Ontem, ele buscou contornar a situação. “Eu acredito mais no jornal do que no vereador”, afirmou Manoel.
Fonte: DGABC
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